quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um dia qualquer na SuperVia - I

Seu “Tião” pega de segunda a sexta a linha Japeri rumo a Madureira. Deve acordar às 5 da manhã para chegar a tempo no trabalho, que começa às 8 horas. Exemplar trabalhador e pai de 3 filhos, o homem deve, junto da esposa, doméstica, buscar o sustento para a família. Porém, devido a constantes faltas no serviço por acordar depois da hora sua saúde, seu Tião está com medo de perder o emprego. Mesmo com a greve dos trens, saindo de Japeri, Baixada Fluminense, o humilde senhor espera chegar a tempo para o serviço.
O trem começa a encher, e já na estação Nova Iguaçu não há mais como entrar alguém; mas, mesmo assim, pode-se ver que os trens, que mais parecem ter vindo de um filme da revolução industrial inglesa, conseguem quebrar a lei da física: “dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço” (no caso dos trens, ao invés de dois, são 500 mil passageiros). O trabalhador fica espremido, mas esperançoso de não desapontar o patrão e ser demitido.
Uma estação antes de Madureira, ele se prepara para descer. Já que o homem que estava segurando as portas saiu, resolveu continuar o serviço do homem porque uma senhora, que estava quase desmaiando, pediu pra ele. Afinal, não dá pra ficar num trem lotado, sem ar condicionado e com as portas fechadas; mas como é preciso, as portas ficam abertas, embora seja um risco para todos.
Quando chegou em Madureira, seu Tião já agradecia à Nossa Senhora por chegar a tempo para o trabalho; porém, um segurança [sic] começou a empurrá-lo para dentro do vagão. O rapaz estava seguindo as normas. Mas essa era a estação de Seu Tião!
O senhor fazia de tudo para sair, mas quanto mais tentava, mais era empurrado. “Eu quero é sair, eu quero é sair, porra!!”, gritava o trabalhador. Mas o funcionário, entendendo como uma ofensa, dá pontapés e socos em Seu Tião e nos outros passageiros. Juntos com outros apoiadores de cliente [sic]∞ e um policial (oO"), o funcionário começou a dar chicotadas nos outros passageiros próximos às portas e janelas. Após levar muitas chicotadas e com o trem em movimento, o guerreiro consegue sair do trem. 
Por sorte, conseguiu chegar a tempo para o trabalho.
Após voltar para casa de trem u.u, Seu Tião senta no sofá e agradece a Deus por chegar a tempo para a novela das oito.

8 comentários:

BubbleDesign/Bruno disse...

opa como vai?
essas historias são reais ou ficticias?
qualquer uma das duas, fazem a alusão ou comparação com a vida real!
gostei deste ponto de vista, visto tudo aquilo que vimos na televisão.
ABS

James Almeida disse...

C'est la vie.
sauuhsahusauhsauhsauhsa

Adoro suas crônicas.
Abraço.

Anônimo disse...

Ehh! Mais uma crônica; sabe que eu gostei dessa né? Hn

Anônimo disse...

É calouro, você leva jeito!! Muito boa...Andar de trem é uma mega aventura.

Aninha disse...

Ai eu n to podendo ouvir falar de trem, rsss!
Depois do beijo eu só fikei com mais vontade... rs

Mas muito bom o texto!

Aninha disse...

Ai eu n to podendo ouvir falar de trem, rsss!
Depois do beijo eu só fikei com mais vontade... rs

Mas muito bom o texto!

Unknown disse...

Oi Diego! Tudo bem?
Eu apaguei sim, mas olha, eu peguei essa tira estava assim,sem nome, se vc conferir as primeiras do meu blog, consta o link, tudo bem? Basta olha-las...Mas não tem problema, qd eu encerrar o quadro eu coloco todos os créditos, os nomes. Agradeço o seu aviso, qlqr outro, pode mandar por e-mail, tudo bem?

Roberta Migueis disse...

Apesar de não ter NADA a ver com a crônica,na parte do chicote eu juro que pensei em sadomasoquismo,haha... imaginação,como sempre funcionando!

vou ver se atualizo o meu também,aí já sabe,passa por lá =*